sábado, 29 de agosto de 2009

Soneto LIV- WILLIAM SHAKESPEARE (1564-1616)

Ó, como mais bela e beleza torna-se
Quando tem o doce ornamento da verdade!
A rosa é bela , mas mais bela a vemos
Pelo doce aroma que nela habita.
As rosas silvestres tem a mesma cor
Que as doces rosas perfumadas,
Os mesmos espinhos, a mesma volúpia
Quando o ar do verão expõe os botões escondidos;
Mas como tem na aparência a única virtude,
Elas vivem esquecidas e murcham obscuras,
Sòzinhas morrem . As doces rosas , não;
De suas doces mortes nascem os mais doces perfumes .
Assim também de ti , bela e amável jovem,
Fenecido o frescor, tua verdade em meu verso persiste.

Um comentário:

Mayra disse...

Entrei no meu apenas hoje.
E estou encantada com suas criações.
Digo e repito, vc tem extremo bom gosto e sensibilidade com as palavras.
Parabéns!
Beijo